Maluco Beleza

Maluco Beleza

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Poesias e fumaça

O cheiro de fumaça no ar, o gosto de sangue na boca,


Pensamentos soltos na mente, e as marcas de cigarro no braço.

Corte os pulsos ou vá embora, esqueça a hora temos que partir.

Vejo as pegadas mesmo no escuro, no escuro acho teu desejo, o teu beijo todo em mim, seus pesadelos já não fazem mais efeito o que sinto eu guardo só pra mim.

Pra mim as marcas de infância a minha esperança, tudo enfim.

Pois querem minha alma esta noite e esta noite eu não terei alma.

Corte os pulsos, ou vá embora, esqueça a hora temos que partir,

Colher flores no asfalto e lapidar diamantes de vidro,

Pois querem me afogar num aquário de peixes dourados esta noite e esta noite eu não precisarei de ar.

E esta noite o céu parecerá mudar de cor assim como meus olhos verdes de um azul amarelado, assim como minha pele branca de um negro tão pardo, tudo então parecerá fazer sentido.

Pois querem meu sangue esta noite mas isso não me importa ele já escorreu por entre minhas mãos.

Fique ao meu lado ou vá embora, esqueça a hora temos que partir,

Brilhar como estrelas no céu e voar como patos loucos que perderam a direção.

Pois querem meu coração essa noite e eu não sei o que farei, pois lá está tudo que sou que sinto e que desejo.

Então esta noite...

Corte os pulsos...

Temos que partir...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Bilhete

Ainda sorria,
quando foi encontrado.
Nas mãos, como quem ainda lia,
um bilhete amarelado.

Acabava ali uma vida
de sonhos e loucuras,
repousava ali naquela cama,
a alma de um romântico sem cura...

Viveu pouco
Sonhou demais
Viveu louco
Ficou pra trás

Amou, lutou, sofreu
Chorou, tentou, perdeu...

No bilhete as palavras
“Apesar de tudo
Sei que algumas coisas
Nunca vão mudar
E você sempre será especial
E sempre terá um lugarzinho
Guardado em mim.”
E foi a ultima coisa que ele leu
Antes do fim...